NADA

Uma tristeza de outono; se fosse,
Ela apenas, já estaria difícil suportar,
Mas, vem acompanhada com o ar,
De uma saudade agridoce,
De alguém que não vai mais voltar,
Mesmo tendo essa certeza,
O olhar ainda que entristecido, derrama...
Um brilho um pouco esperançado,
Coisas inocentes de quem ama,
De quem imagina um mundo encantado,
Castelo, príncipe, princesa,
De quem não admite ver seu sonho fragmentado,
Lançado na correnteza,
A lua passeia livre no firmamento,
Tenta me consolar, causar um alumbramento,
Com sua magnífica nudez,
Mas, a tristeza é tanta,
Que nada canta, nada adianta,
Nada alivia o peso dos  porquês,
Nada me acalanta nesse momento.


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ESTA SAUDADE...

 Momento triste, resiste,
às belezas do caminho,
ao vento que sopra fagueiro
com um ar alvissareiro,
e ao cantar dos passarinhos.
É saudade, eu sei que é,
que não larga do meu pé,
desde que te foste embora.
Me atormenta hora a hora,
faz minha vida um inferno,
porque meu amor é eterno,
verde como a esperança,
acredita na mudança
e se alimenta da fé.

 Estrela de Aldebarã,
ilumina o meu amanhã.

(HLuna)