Sementes da Floresta
Extrema, quase ofuscante
Flores reunidas , exuberante
Num instante, semblante
De chuvas ao norte, desnorteante
Vale de ouro, esquecido pelo luar
A luz é convidada a ficar
Eternamente, quase sempre está
Divergindo lares, árvores e mar
Silêncio imerso em pequenas palavras
Ares nossos, floresta viva, convidativa
A felicidade, saciedade, despedida
Solo novo, fruto antigo, velha vida
Galhos secos, folhas caídas pelo vento
Soprado, pouco intenso, silenciado
Consentimento, perfeito sofrimento
Dias retornam, retornavam, retornaram
Sopro gelado, gélido, mortal, imolado
Em decadência, consciência distinta
O sol ofuscava um sepulcro ao norte
Na floresta, sementes do passado
Memórias, medos, presságios e mortes
Liberta, a semente da alma germinou
Nascera um fruto desconhecido, temido
Acinzentado, como uma semente de opressão
Fez renascer, o novo ciclo da paixão
Enterrar velhos, mortos sofrimentos
Para que nasçam renovados, rendidos
Num infinito, eternizado caixão...