Triste Poesia

Vagos devaneios

Incorporam-se a penumbra

Retratando a face em prantos,

Como as palavras sem voz

Deslizando suave sobre a escuridão!

Cheiro de relva, mistérios da noite

Acomodando-se em versos, bendita seja solidão!

Pela pena molhada

Mundos se interpolam, a magia acontece

Em cores vitalícias, canções que despertam

Âmagos entristecidos, adoradores do luar

Em suas fases mais instigantes!

Velas incandescentes, elos à madrugada

Expondo-se à moldura vazia, perdão ao amor!

Das notas sobreviventes a essência

Néctar sinfônico coração, divaga,

Divaga prosaico sentimento,

Mostre suas dores em sabores únicos

Ah, soneto dos astros, estros ao olhar!

Calado poema erudito d’alma, olores vil

Escorrendo em metáforas singulares, sol da meia-noite!

Ainda não amanheceu por estas laudas,

Lagrimas teimam em rolar pelo rosto da folha

Agora pautada, diagramada, encouraçada

Por reversos e anversos vigentes do sonhar

Orvalhado entre as folhas do jardim!

02/05/2013

Porto Alegre - RS