Ilusão solitária



Eu vou escrever esses detalhes,
Na alma da minha ansiada para desamar,
E essa tal coisa de desamabilidade é cruel.
Não tem cheiro de mel e sim de fel o adeus.
O que mais eu preciso para o contexto,
Não está no meu presente discordante,
Eu vou andar nesses caminhos espinhosos,
À procura de um porvindouro mais perfeito,
Arquitetando com os caminhares as melhorias,
A semente da flor com ardor que foi a dor,
Sem sofrer, eu preciso esquecer sem perceber,
O amor que revogou e desandou e se curvou,
Integralmente dissolúvel por mil enganos,
Que a trave da existência faz nascer e crer,
Sem querer mais atender, o que fazer?
Em cada anoitecer até o alvorecer?
Por isso, escrevo esses detalhes de desamor,
Desalojado inteiramente da compreensão,
Enxergando a dimensão desnaturada,
Foi uma situação sinuosa da vida vivida,
Das ladeiras da paixão das trilhas alpinas,
Silenciadas no tanque da amargura,
Era uma altura incompreensível da nudez,
Correndo as alamedas dos pensamentos,
Ora perpendiculares ao centro das atenções,
Escritas em versos e reversos da paixão,
Eu vou atrás de um novíssimo e outro amor.


Escrita no dia 25 de julho de 1975

Vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=LB1edsWQwnk



ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 01/05/2013
Código do texto: T4268184
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