Você me disse adeus


Eu não posso neutralizar a ternura,
Apesar que ela açoita aqui no peito,
E faz um longo e um único embalo,
Vai nevando a minha consternação.

É o punho da fraqueza que me atrofia,
Nos pigmentos dessa minha tristeza,
Centrada em todos os pensamentos,
Da mulher que urge em dizer adeus.

Eu sei que o meu olhar é multívago,
Direcionando na temperatura forte,
Para um dia ajustar a dor em alegria,
E o respingo que cai na minha face.

No estrondo infeliz ao dizer adeus,
Zunindo entre o céu da sua boca,
As palavras para não me aceitar,
Despedaçando o meu único sonho.

Vou sair por aí apenas pensando,
No desprezo e nas minhas derrotas,
Eu falei que preciso de você aqui,
Nesse complemento de puro amor.

Se você não acreditou em mim,
Não serei o único a convencer,
O que se perdeu nesse meu tempo,
Meditando ser feliz ao seu lado.

Se a tarde não esperava por mim,
A tua voz me calou por inteiro,
Agora, só me resta fazer uma poesia,
Ao poeta Gonçalvino que nasceu neste dia.
 


Escrita em 10 de agosto de 1979

Vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=Q7vB8nuZTBU


ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 01/05/2013
Código do texto: T4268178
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