Se soubesses
O quão fundo enterrei meus pés

E o  riso podre de Ades
Zombando da  inutilidade de meus dedos
Da opacidade de meus olhos, dos meus medos... 

 

Se soubesses amado meu...
O quão meu verbo é imperfeito,

Não atirarias  impropérios a rasgarem a poesia
Aquecerias meus olhos, 
Dirias coisas amornecidas

Se soubesses o quão cansados estão meus braços 
Desta areia movediça
Não te desfarias em heresias
Ficarias imóvel
A reter um tanto mais de vida.


Minha mão cruzada  ora afaga  meu  próprio peito
Se soubesses
O quão meu verbo é imperfeito,

Trarias flores ao cortejo
Se soubesses, darias um último beijo...
Adah
Enviado por Adah em 01/05/2013
Reeditado em 26/06/2020
Código do texto: T4268134
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