Eu...
Prefiro ser o reencontro, a música,
o sim, o desejo, a coragem, o abrigo,
o colo, a beleza, o sorriso,
a chave, a lembrança.
Mas, sinto que sou a partida, o silêncio,
o não, o repúdio, o medo, a solidão,
o cansaço, a neutralidade, a lágrima,
o cadeado, o esquecimento.
Trancada num mundinho seco, sombrio,
mórbido. Presa em evidências pequenas,
em fragilidades rotineiras,
em limitações que me controlam.
Na verdade, só queria ser o pássaro livre,
com desejo de conhecer as alturas.
Porém, temo conseguir a liberdade e não usufrui-la,
acostumada, pois, às grades da gaiola.