O VERDE FENESCEU
 
Natureza em ofuscantes aquarelas
Matas verdejantes e imaculadas
Entre lindos cantos do alvorecer
Escondes entre arbustos as seqüelas
Rudes desmatamentos, angustiadas
As investidas do homem a ocorrer
 
Nas longas e sombrias invernadas
A dura jornada até a primavera
Sonho almejado de um sonhador
Meiga inspiração durante jornadas
Destino pontilhado de quimeras
Riquezas na posse de vil usurpador
 
 
Fauna e flora choram a perda de afeto
Do ser humano que largou a idolatria
E como fera por caminhos tortuosos
Surgiu célere, ganancioso, irrequieto
Perdeu a essência de su’alma luzidia
Antes destinada a ideais venturosos.
 
Uma voz distante em espalhafatoso alarde
Fez-se ouvir na calada da noite sombria
Sucumbe a natureza tristemente maculada
As desesperadas soluções se fazem tarde
Estações jamais terão os garbosos dias
Desta linda terra por todos muito amada!