SONHO DESFEITO
No chão seco brotava a esperança
Regada pelas águas da lembrança
Que banhavam os olhos meus...
As juras de pedra já quebradas
Qual poeira aos pés da estrada
Embaçavam os passos teus.
No altar da saudade eu rezava
Sobre cinzas de sonho ajoelhava
Sem sentir no peito o coração...
Na igreja da memória foste o santo
Reverenciado na música, no canto
No vinho bebido no cálice da ilusão.