Velhice Sofrida

Com dificuldades chego no meu pedaço de chão

Segurando minha bengala, de cabelos brancos

Com meus pés debilitados o barro molhado amasso

Sem ajuda de ninguém, vou indo passo a passo

Quando chego no meu recanto, me surpreendo

O que levei a vida toda pra construir está ao solo

Partes da minha história nada respresentam; choro

Olhando minhas mãos calejadas, maltratadas pela idade avançada.

Não tenho nada a fazer, procurarei vaga em um asilo

Filhos e netos, nem notícias, não me ligam

Agora acharei outro lugar para passar o fim da vida

Sem nenhuma esperança... nessa velhice sofrida.

Susan Ferreira
Enviado por Susan Ferreira em 24/04/2013
Código do texto: T4257310
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