Velhice Sofrida
Com dificuldades chego no meu pedaço de chão
Segurando minha bengala, de cabelos brancos
Com meus pés debilitados o barro molhado amasso
Sem ajuda de ninguém, vou indo passo a passo
Quando chego no meu recanto, me surpreendo
O que levei a vida toda pra construir está ao solo
Partes da minha história nada respresentam; choro
Olhando minhas mãos calejadas, maltratadas pela idade avançada.
Não tenho nada a fazer, procurarei vaga em um asilo
Filhos e netos, nem notícias, não me ligam
Agora acharei outro lugar para passar o fim da vida
Sem nenhuma esperança... nessa velhice sofrida.