Em asas negras

Do amâgo, intímo desejo

A febre alta, a dor forte

No olhos morte

No peito morte.

A noite cai como um manto gélido

A tirar me a força dos flancos

O dia passou por mim cético

Com paisagens em preto e branco.

Os ossos congelados

A fala sem forças

Estômago sem fome

um ser sem nome.

Leva-me envolta nos lençóis brancos da paz

Me leva e não me devolvas jamais!

Nos olhos, morte!

No peito, morte!

Se não sou merecedora dos céus

Me leve- asa negra, envolta no seu véu!

Nos olhos, morte!

No peito, morte!

Daisy Álika
Enviado por Daisy Álika em 24/04/2013
Código do texto: T4256472
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