Em asas negras
Do amâgo, intímo desejo
A febre alta, a dor forte
No olhos morte
No peito morte.
A noite cai como um manto gélido
A tirar me a força dos flancos
O dia passou por mim cético
Com paisagens em preto e branco.
Os ossos congelados
A fala sem forças
Estômago sem fome
um ser sem nome.
Leva-me envolta nos lençóis brancos da paz
Me leva e não me devolvas jamais!
Nos olhos, morte!
No peito, morte!
Se não sou merecedora dos céus
Me leve- asa negra, envolta no seu véu!
Nos olhos, morte!
No peito, morte!