É o vazio

Das manhãs brandas, sem certezas,

sem lanternas nos olhos

e das noites caídas com olhos abertos

ficando o eco noite fora e eu.

num pular de pássaro de telhado em telhado

É o vazio dos olhos sem sois

desmaiados nos campos agrestes.

É o vazio de palavras que ecoam

em sons agudos, distorcidos

tocando as mãos nas paredes do céu

e sentindo a alegria apagada.

É o vazio que não pedi

enquanto côdea de pão

me doendo os sentidos!

Helena Correia
Enviado por Helena Correia em 20/04/2013
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