Abismo
Da sua alma insana e impiedosa
Promulgo para a eternidade
As maiores dores de um corpo
Para de tal alma ser lançada ao profundo.
Que do calor ardente das trevas
Queime e satisfaça o meu prazer,
Somente por ver o seu sangue correr
Pelas esquinas da morte.
Sangue que beberei ao gosto
Apreciarei como se fosse o belo vinho
Para depois declinar ao seu leito frio
E bravejar de felicidade por sua falência.
Espero no ardor da veia
Que de sua tumba não volte
Pois ao inferno você se arremessou
E farei o todo para fechar a porta.
Sua viagem será mais longa e sofrida,
Espero com ardor a sua grande dor
No qual será o meu alento
De mais um conjurado não ter o amor.
Caia em sua própria mente
Aceite a voz e não volte da escuridão
E permaneça no martírio, do meu presente, a sua solidão,
Do meu alivio a sua dor, e assim jamais o terei em frente.