Pranto infinito
Dias deviam se transformar em noite.
Eu queria poder observar estrelas e remoer passado.
A solidão devia tomar conta de mim e me levar para um telhado.
Talvez eu devesse culpar todos.
Mas afinal de quem é a culpa? Minha? Sua? Nossa?
Estavamos bem. Estavamos rindo. Estamos chorando.
Nos deixamos levar por um pranto infinito.
Sabemos o que houve. MAs como houve? Que quer remoer aquilo?
A dor de um corpo dilacerado. A dor de um Ego em pedaços.
A quem devo pensar? Não mais existe um motivo.
Não sei o porque de minha existência.
Ela não é real sem você.
Quem irá me acalentar em noites de insônia?
Quem irá dizer meus motivos de viver?
Você não mais está aqui.
Nos deixamos levar por um pranto infinito.
A dor de um Ego em pedaços.
Dias deviam se transformar em noite.