A rosa diferente

Dos espinhos tiro-te, rosa,

flor sem cor,

amada em sombras

onde não vejo árvores.

Uma sede há fora da boca

onde meu peito empoça

e já por não te ter,

essa mesma boca não te adoça.

de tantos beijos doces

não poder mais te dar.

Dos espinhos dou-te a despedida

onde mora minha dor,

tão grande dor em teu roseiral temida

por desejos ávidos que se vão embora

e já não voltam nunca mais:

em flor, em dor ou em rosas....