Lagrimas de Sangue

A vida nem sempre é o que esperamos; que novidade!

Não quero mais sorrir...

Não quero mais chorar...

Porque o choro me faz sentir vergonha, fraca e inútil.

Mas o riso... Faz eu me sentir falsa, destrói a minha alma, destrói os restos de um mundo que eu nem cheguei a construir.

Quero voltar a minha tristeza... Minha amada tristeza. Quando não estou triste, não estou também alegre, e não sei que sou... Se não sei quem sou, será que existo?

Gostaria de não existir, não sentir a dor de estar vivo...

A dor do abandono.

A dor da derrota.

Não ter que sorrir, enquanto estou morrendo por dentro. Não ter que ver o sol nascer, o mundo girar.

Não ter que derramar mais uma gota de lagrima... Lagrimas de sangue, que ao cair levam com sigo minha dignidade, minha vida. Roubam o meu coração e deixam um enorme vazio – negro e deprimente.

Lagrimas de sangue, que por onde passam devastam vida e sentimento, devastam amor e a alegria. Cortam a minha carne arrancam meu coração e deixam a ferida exposta. Onde os vermes correm o meu ser, minha carne podre se decompõe.

Só ai você me vê, me olha, eu sempre estive aqui, mas agora! Agora você me vê agora você quer me enterrar, agora você chora... Chora pra que? Chora por quê?

Por mim, um cadáver! Por mim um pedaço de carne podre, que cheira como carniça, que não tem sentimentos... Por mim!!

Não! Por você!

Você um hipócrita, um mesquinho, maldito! Maldito!

Mil vezes maldito!

Como você me enxerga agora, que não sei mais o que é a vida, que não sei mais o que é o amor...

Por que você me olha?

Pra me envergonha porque eu não posso mais te olhar?

Por que você me olha, pega na minha mão gelada e beija minha boca morta?

Só porque eu não posso mais sentir o calor ardente de seus beijos?

Só porque não posso mais ama-lo com a minha vida? Por que eu não tenho mais vida!!!

Maldito! Maldito!

Não adiante eu não sinto mais os seus carinhos, não sinto mais nada!

Estou morta!

Estou morta! Morta!

Você me matou com o sentimento mais belo que podia existir – Amor!

Maldito amor, que amou até o ultimo segundo, até o ultimo suspiro... Maldito amor maldito.

Maldito porque amo, sem nem mesmo ter a vida, sem nem mesmo ter um coração, mas amo, amo...

A ADrya
Enviado por A ADrya em 17/04/2013
Reeditado em 03/10/2020
Código do texto: T4245532
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