ÍNDEX SOMNUS PROIBITORUM

Aguardo o Fim do dia para despejar minhas Desgraças

No papel que Nem existe aos olhos das Traças

Alfarrábios Mal escritos e aqui sempre Limitados

Nos meus pensamentos Finitos, prontos ou Mal-acabados

Aguardo o Fim da vida para entornar minhas Culpas

Culpa de Não ter Culpa de Morrer Infeliz

Por ter orgulho em fazer o que sempre quis

Impedido, por vezes, de fazê-lo quando queria

Aguardo o Fim das acusações para sair da Bruxaria

A vida me colocou numa Porra de uma Fogueira

Eu Mal Nem digo que fiz tal coisa a vida inteira

Pois, minha vida, eu Nunca vivi todas as partes

Aguardo o teu pedido de perdão no assoalho

Como se ver de cima fosse alguma vantagem

Só penso em como o Sistema vai ser

Nunca sequer só penso em Sacanagem

Corro aos livros logo pra Contar-lhes:

Hoje à noite eu tive um Grande Sonho

Quem eu Queria me confessava me Querer

Ela tinha a sua Voz e Rosto, mas Não parecia você

Pois você Não me enche de tamanha alegria

Pois Nem se dirige a mim

Fico a esperá-la com o Coração Aberto

Numa expectativa que Jamais tem Fim...

Aguardo o Fim do dia pra me Rebaixar, Depressivo...

O que será que há de Errado comigo?

Não agrado por ser Quem Querem Qu`eu seja...

Se eu for eu, Pior será, mas, Foda-se: Pior Que Seja!