Amargor
Meu coração porque choras,
Já não perdeste tudo que lhe devia?
E tão tristonho então implora
Por uma lágrima da azeda melancolia
Mas para tu é difícil entender,
Que a partida é sempre o último adeus,
E cada lembrança te faz moer,
A saudade de alguns momentos meus!
Escolheste tornar-se um vadio,
Passeando pelos lábios das mulheres,
Da tua decepção somente rio,
És livre faça-te apenas o que quiseres!
Porém andas como um incauto
Sorvendo as lágrimas da póstuma saideira
Beijando o perfume do asfalto,
Tão embevecido pela tua paixão passageira
Agora endurecido pela decepção,
Tu me dizes que é azedume este amargor
Diga-me meu paupérrimo coração
Quem poderia ofertar-te outra vez amor?