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Queixume
 
 
Eis a minha dor lavada na pedra
Esfregada com esmero
Na  mais cega ilusão.
Vem no surdo tambor
Rasgar minhas entranhas
Me bater com as palavras
Arrebentar meu silêncio
Silenciar minha canção.
 
Eis a minha dor ressoando nos pântanos
Cantando com os grilos
Na madrugada fria.
Vem no ventilador
Espalhar  meu passado
Com promessas de ontem.
Vem pra juntar os cacos
Dentro do pó da alegoria.
 
Eis a minha dor sem padrão, sem elegia.
 

Imagem: Google.