Mate me logo Thiago
O poema negro da morte,
Duro e frio,
Coração apertado, nem angústia pode isso se chamar,
É um desejo de sucumbir a alguma fatalidade.
E este deus, este sei lá o que, continua me poupando!
Você que é fim, muito demora,
Como não vê que aqui nada mais se cria,
Nada mais se ria,
Nada mais ia.
Mesmo que caminhos existissem nada quer ser,
É de ser que se foi o fim.
Nada a dizer,
Ficou tudo confuso,
Mata-me logo Thiago,
Mudo, fundo e certeiro.