Despedaçada

Nunca escondi meus

medos e minhas angústias.

Agora não vou esconder minha dor.

Só sei sofrer de chorar, doer, deprimir.

Quero secar no meu

peito,

esse abismo imenso,

Que se instalou dentro de mim.

Vou me debulhar em lágrimas,

enxugar esse amor, que reguei não colhi.

Mas meu sofrimento tem que ser grande,

Quero que seja maior, enorme.

Mas que se finde

por fim.

Que seja eterno nas fotos,

mas não no meu peito,

não dinovo,

não sem fim.

Não me preparei,

nem imagina doer tanto assim.

Jurava que seria diferente,

não sangraria, como está aqui.

Não busquei perfeição,

mas encontrei a perfeita doçura,

e, de doce era pura amargura.

Féu que roubou o mel em mim.