O gelo e as impossibilidades
Você aproveita o amor, ou se perde dentro do ódio alheio. Eu vejo minhas memórias queimarem, eu sou tão novo para pensar assim, o que realmente somos? O que eu sou? Um pequeno brilho momentâneo de luz, o sofrimento é eterno.
O solo está alto e agudo agora, mas eu vou te ver outra vez? Ou o ódio te consumiu? Então eu nunca mais vou te abraçar.
O carro está parado e tudo está pronto para partir, mas que tipo de coração não olha para atrás? Encarando os fantasmas de baixo do meu capuz amedrontado, eles decidem o que ainda queima em mim, seu ódio não me parece mais a pérola que eu pendurei em seu pescoço, ele te tornou pura, como seu aspecto mais sombrio.
Pendura minha cabeça, parte meu coração construído de tudo o que tenho, dilacerando-o.
Meu fardo para suportar é o amor que não posso mais carregar. Que tipo de dor seria o bastante para me fazer entorpecer, eu me tornei frio porque minha alma dorme em algum ponto entre as encarreiradas estradas frias em que seu amor não pode alcançar. Eu tenho um enorme segredo, mantenho ele preso atrás do meu pulmão me impedindo de respirar, eu olho e tudo que eu vejo é que seu amor ainda é o ponto de de equilíbrio entre os mortos, eu não sairei daqui com vida de qualquer forma.
Você se tornou grande, só não grande o bastante porque ainda lhe falta ódio.