SÓLIDO INSTINTO.
É fecundo transpor os limites do tempo
Nas combinações de teus elementos
Pela relevância de teus íntimos detalhes
Formatadores de teus indecifráveis componentes
Não desejo ser nem de teus segundos a redoma
Nem tampouco ser coberto por eufemismos
Ou legiferar sobre algo invada tua individualidade
Na incauta densidade dessa tensão selvagem
Vejo a insólita desintegração do sólido instinto
Onde tenho que descobrir como redescobrir
Pela arrebatadora força desta incompletude
O desalento vagando por factuais caminhos
Enquanto o vazio me sorri impudentemente
Enfrento a ascensão do impune distanciamento
Eivando assim toda uma sonhada cumplicidade
Pelo interstício de lúgubres deslumbramentos
Nos abismos daquilo que nunca tem um fim
Nos píncaros onde dorme todas as esperanças
A matriz de uma conjuntura em decomposição
Ainda que resista em mim toda gana do renascer
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