SÓLIDO INSTINTO.

É fecundo transpor os limites do tempo

Nas combinações de teus elementos

Pela relevância de teus íntimos detalhes

Formatadores de teus indecifráveis componentes

Não desejo ser nem de teus segundos a redoma

Nem tampouco ser coberto por eufemismos

Ou legiferar sobre algo invada tua individualidade

Na incauta densidade dessa tensão selvagem

Vejo a insólita desintegração do sólido instinto

Onde tenho que descobrir como redescobrir

Pela arrebatadora força desta incompletude

O desalento vagando por factuais caminhos

Enquanto o vazio me sorri impudentemente

Enfrento a ascensão do impune distanciamento

Eivando assim toda uma sonhada cumplicidade

Pelo interstício de lúgubres deslumbramentos

Nos abismos daquilo que nunca tem um fim

Nos píncaros onde dorme todas as esperanças

A matriz de uma conjuntura em decomposição

Ainda que resista em mim toda gana do renascer

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Leilson Leão
Enviado por Leilson Leão em 09/04/2013
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