Delírios (T1910)
O frio cortante da neve
congela minha pele e meu sangue,
sinto um frio tão apavorante,
com a nevasca não vejo nada,
está tão escuro aqui, estou com febre,
uma febre que me sufoca,
estou quente e agora deliro,
e esta neve que me faz tremer,
agora não sei se é a neve ou a febre,
só sei que agora nada sinto,
e neste deserto tão branco
só consigo ouvir o vento que passa,
e minha consciência se cala
num silêncio agonizante, o silêncio da morte.
Alexandre Brussolo (05/04/2013)