fantasma perdido no céu
no tempo
que a boca do vento mudo
que nem mesmo um diabo velho
pode trocar as cores
de uma tela pintada de cores mortas
o sangue virou agua poluida
no mesmo ano
que a terra viva
nas costas do mar morto
jantou as letras perdidas
da biblia vermelha
caida na rua
suja de tedio
na esquina de um novo céu de agosto