ÁGUAS

Águas que a ilha abraçam,

que nos braços do mar se jogam,

que em minha face rolam

e me afogam.

O mar é forte no rochedo,

mas se desmançha na areia.

À noite, o mar me põe medo;

temor de amor maré cheia.

Escrevi teu nome n’areia,

a onda do mar levou.

Temor de amor maré cheia,

no mar do amor que passou.

Águas que a ilha abraçam,

que nos braços do mar se jogam,

que em minha face rolam

e me afogam.

Nosso amor foi como a água

que escapou por entre os dedos.

O mar não afoga a mágoa.

No fundo do mar, meus segredos.

Águas que a ilha abraçam,

que nos braços do mar se jogam,

que em minha face rolam

e me afogam.