A Janela
Estava no interior, olhando
A janela. A luz cravando
E me machucando...
Batiam e eu escutando,
Mas me recusava a abrir.
Pedras bateram e estilhaços
Do vidro, agora em pedaços
Cotavam minhas mãos e braços
Que julgava serem de aço
E não tenho como fugir...
Minhas duas janelas pro mundo
Se recusando a abrir, no fundo,
Queriam estar no vazio profundo
A subsistir nos imundos
De alma e existir.