A Janela

Estava no interior, olhando

A janela. A luz cravando

E me machucando...

Batiam e eu escutando,

Mas me recusava a abrir.

Pedras bateram e estilhaços

Do vidro, agora em pedaços

Cotavam minhas mãos e braços

Que julgava serem de aço

E não tenho como fugir...

Minhas duas janelas pro mundo

Se recusando a abrir, no fundo,

Queriam estar no vazio profundo

A subsistir nos imundos

De alma e existir.

Izaías Serafim
Enviado por Izaías Serafim em 07/04/2013
Código do texto: T4228673
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