morrer sem poder morrer
tenho que fingir que estou bem,
quando as lágrias chegam aos olhos
eu as seguro com mais força...
engulo o choro, silencio o grito que tá na garganta,
apertando, querendo explodir...
o coração dilacerado doe,
o sofrimento toma conta da alma,
a desilusão, desenganos,
tomam conta de todo meu ser...
não vejo esperança de dias felizes...
não serei capaz de amar mais ninguém...
depositei todo amor e fé na certeza que tinha...
agora não me restou nada...
só o torpor...
desligar meu celebro, deixar o sentimento fluir
deixar toda a dor me invadir...
fazer o estrago que quiser...
como se tivesse doente sem nada ter...
me ver morrendo sem poder morrer...
me ver vivendo sem saber o que é viver...