IRONIA DO DESTINO
Só dois passos,
Separam-nos.
E o descaso,
É vasto.
O olhar frívolo,
Atravessa meu corpo.
Nada mais digo,
Só observo teu rosto.
Que parece alheio a tudo,
E que nada mais denota.
O sorriso agora recluso,
Só a tristeza exorta.
Estou diante de ti,
E nem parece que a conheço.
Não posso nem lhe pedir,
Que faça tudo pelo avesso.
É estranho estar perto,
Sem poder lhe tocar.
Domar um coração inquieto,
Com um tempo que já não há.