Repressivo
*Elias Alves Aranha
Levantei indisposto,
Olhei pro meu rosto,
Entendi que estava triste...
Triste por ter sonhado,
Com delicias do passado,
Fantasias que não existem.
Ao despertar daquele sonho,
Senti privado do sono,
Sentei e me pus a pensar...
Amanheci de olhos vermelhos,
Mas não acusei o espelho,
De minha carreta muar.
Vi o reflexo dos meus traços,
O movimento de meus braços,
Minha imagem negativa.
A fisionomia preocupada,
Uma mente cansada,
De uma criativa repressiva.