AGORA É TARDE
Um sonho despedaçado
As lembranças que amarguram
Insultos trocados
Penetrando a armadura
As bocas tão secas
Os sorrisos dilacerados
A omissão da esquerda
O paraíso abandonado
As flores secas nas lápides
Construídas com concreto frio
Os joelhos com suas marcas
Suas mãos em posição de prece
A saudade que invade sua casa
Sua alma que tanto padece
Arrependimento tardio
Não existe pior punição
Queria trocar de lugar
Só pra não ter sangue nas mãos