AGORA É TARDE

Um sonho despedaçado

As lembranças que amarguram

Insultos trocados

Penetrando a armadura

As bocas tão secas

Os sorrisos dilacerados

A omissão da esquerda

O paraíso abandonado

As flores secas nas lápides

Construídas com concreto frio

Os joelhos com suas marcas

Suas mãos em posição de prece

A saudade que invade sua casa

Sua alma que tanto padece

Arrependimento tardio

Não existe pior punição

Queria trocar de lugar

Só pra não ter sangue nas mãos

Renato Sirqueira
Enviado por Renato Sirqueira em 27/03/2013
Código do texto: T4210523
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.