SILÊNCIO

Silêncio penetrado, formado,
De angústia imensurável,
Corpo cansado, mas, agitado,
Alma só, insustentável.

Silêncio cortante, dominante,
Nas noturnas, lentas horas,
Alma errante, agonizante,
Clama como louca pela aurora.

Aurora senhora de si, naturalmente,
Tem o seu tempo de chegar,
Ao meu olhar clemente,
Resta apenas, esperar...

Silêncio que me faz refém,
Nessa madrugada escura,
Para muito faz tão bem,
Mas, agora, me devora, me tortura.