Pobres Inocentes...

Sempre imagino

Se o relógio se esqueceu de mim

Ele pausa e não volta

Quando digo não, meu reflexo diz sim.

Eu já mudei meu horário

Não achei saída de nada

Nunca encontro uma luz

Ela brilha e depois se apaga.

Quando será que o relógio

Vai me obedecer e vai mudar?

Se finalmente não vai ser passado.

Mas já cansei de tentar arrumar.

Onde há luz, há sombrio.

A poeira, tampa a saída.

O que é sombrio vira morte.

E a luz, perde a vida.

O ponteiro muda de horário

E o futuro perece.

O tempo pausa quando não quero

E quando quero, ele não obedece.

Quantas vezes quis arrumar o mal

O que só prejudicou o bem

O mundo para e fica parado

E nem eu consigo ir além.

É como tecer teias de aranhas nos pés

E sentir que alguém já esteve ali antes,

Sentindo a brisa da manhã,

E vendo as cores do céu, tão cintilantes.

E o que acontece? Só aí que lembro,

Que em cada pé há teia de aranha.

Fico ali, parada, vendo o mundo girar,

O medo cresce, e a tristeza é tamanha.

Às vezes é sonho, pura ilusão.

Mas às vezes acontece na vida da gente,

É ver alguma coisa e não poder fazer nada,

Acaba com a vida de pobres inocentes.

Quando será que irão conseguir voltar no tempo?

Pra consertar as mortes que foram causadas?

Por incêndios, assassinatos, vinganças,

Por motivos egoístas, ou até por nada.

Sara Melo
Enviado por Sara Melo em 23/03/2013
Código do texto: T4203344
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