OUTONO

O vento cantaria uma canção ligeira,

pra que as árvores dançassem

e as folhas caíssem ritmadas,

numa tentativa de alegria,

mas os galhos, despidos,

apontados para o alto,

parecem braços levantados

num longo adeus,

numa triste expressão de abandono.

...E o vento começa

uma canção tão triste,

que as árvores choram

e as folhas rolam, como lágrimas.