Morre um soldado da Paz
Flores, fuzis e um ataúde,
no odor da pólvora entremeada com jasmim.
Marejo, neste cheiro de morte,
E me engasgo com o amargo gosto da dor.
Suor, lágrimas e alarido
no desesperado eco dos estampidos.
São Honras Militares e
mais um brigadiano antecipa
sua entrega aos vermes.
Mais um nome na história
Mais uma cruz na galeria da unidade
Mas que estará sem glória
quando seu OPM desfilar.
Ele não será: nem cruz,
E nem estrela no Estandarte.
Só valem as “batalhas” do passado.
Morrer, hoje, pelo serviço é uma inglória;
Um incômodo para os colegas e,
Um espetáculo de indiferença à sociedade.
Se por quem se morre, não o reconhece,
talvez só a família expresse que ali jaz,
mais um soldado da PAZ.