Dor da saudade
Quando se acorda inverno, roseira
desfolhada.....desflorida
com espinhos ponteagudos
espetando os galhos vivos.
Com uma dor imprecisa
que não ocupa terrenos
que não se ecaixa no corpo
que não se apalpa e nem vê.
À mostra e tão escondida
ora em suspiro ,ora gemida
Passeia nos pensamentos
e por caminhos estranhos.
É uma dor fora do corpo
Em dimensões invisíveis
Mas eu sei que me pertence
pois está sempre onde estou.
Nessa saudade tão grande
que ocupa todos os espaços
e reflete no coração e na alma
essa falta ,sem lugar e sem tempo.