Dor da saudade

Quando se acorda inverno, roseira

desfolhada.....desflorida

com espinhos ponteagudos

espetando os galhos vivos.

Com uma dor imprecisa

que não ocupa terrenos

que não se ecaixa no corpo

que não se apalpa e nem vê.

À mostra e tão escondida

ora em suspiro ,ora gemida

Passeia nos pensamentos

e por caminhos estranhos.

É uma dor fora do corpo

Em dimensões invisíveis

Mas eu sei que me pertence

pois está sempre onde estou.

Nessa saudade tão grande

que ocupa todos os espaços

e reflete no coração e na alma

essa falta ,sem lugar e sem tempo.

NEIDE VILLAR
Enviado por NEIDE VILLAR em 18/03/2013
Reeditado em 27/03/2013
Código do texto: T4194487
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