MEU SOLITÁRIO CORAÇÃO
Meu pássaro sempre alegre
E que cantava tanto, emudeceu.
A criançada mudou-se ou cresceu,
Só o silencio cerca-me a vida.
O que fazer se não cantar?
O sol se fez sombra,
Não há estrelas visíveis,
O azul se vestiu de cinza e o céu chorou.
Tentei ninar o sono, mas ele não adormeceu.
Minhas preces costumeiras
Já não são ouvidas...
Aí a tristeza sem pedir licença,
Chega de mansinho e sem compaixão,
Invade-me o peito...
Então, o que fazer se não cantar?
Eu necessito elevar a voz, ainda que cantando
Quem sabe não serei ouvida!
Não peço aplauso nem coro, sequer um violão,
Desejo apenas e tão somente, um pouco de paz,
Para acalentar meu solitário coração.