FILHO...DURMA.

Durma meu filho,

Sua mãe embala-o nas mãos,

De dezenas mãos femininas que trabalham

Nessa atmosfera;

Onde os amantes como feras,

Amam-se,

E se deixam;

Agem como lobos,

Sonham como Deusas.

Pobres amantes...

Que na complexidade simples do amor,

Encontram-se afogados;

Como por exemplo,

O minúsculo crustáceo,

Denominado ciclope,

Que por baixo da pele do mar,

Ou entre os músculos das rochas,

Dorme.

Durma meu filho,

Hoje acredito entristecido,

Que amanhã,

O amor será

Uma arma esquecida,

Uma chuva fina,

Um pano qualquer como um lenço,

Sobre o gelo das ruas.

Tomb
Enviado por Tomb em 27/02/2013
Código do texto: T4163363
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