Acudam o poeta morto!
Não é de hoje
Que o moribundo
Mostra-se cansado
Mas ninguém percebe
O poema se concebe
Mesmo mal rimado
Os sinais vitais
Insistem relutantes
Mas não vive mais
É poeta jaz
De poemas cambaleantes
Poeta incapaz
Seus olhos não sonham
Seus versos soam absortos
Acudam o poeta morto!