Poema final

Guardando o cenário, saindo de cena

Registrando-me em um poema final

Sabendo que pra todo escrito existe uma borracha

Sedenta para apagar lágrimas.

Já não o fiz em tantas rimas, não o fiz em espírito lúdico

Minh’alma de engrenagens paradas

Parece estar mesmo no escuro.

Me embriaguei no melhor dos sentidos

Mas antes de terminar deixei cair a garrafa, não a atirei!

O líquido era sentimento de ouro fundido

E eu o vi, e o perdi, eu o perdi, enfim.

Era uma vez faíscas

Que no meu sopro e assopro se apagaram

Era uma vez luz

Que vinha de um espelho no cristal que a refletia por mim

São ironias da vida, e eu as sentirei ainda sozinha, à parte

Presenciando outra vez o chão que reparte.

Sou novamente mistura de água e sal em gotas

Agora sou calada

Agora sou respingo, excluída de sua estrada.

Me alienou em um canto

E aqui encerrarei a estadia do recanto.

Promessa alada, te entendo por não ser igual

Aqui estou guardando o cenário, saindo de cena

Em um poema final.

Cristiellen
Enviado por Cristiellen em 18/02/2013
Código do texto: T4146666
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