Cura
Eu tenho um grito meio sufocado
Um choro preso, um tanto abafado
Uma angústia por sofrer de amor
E por não saber ao certo o que fazer.
Nada é pior do que aguentar calado
A dor da perda e da indiferença
Ver que a vida é um jogo alucinado
E sentir mágoa assim já não compensa.
O olhar condena o meu abatimento
E a minha fraqueza já não tem limites
Talvez eu evite pensar no passado
Talvez cogite ouvir uns bons palpites.
Eu só não posso é continuar ao léu
Nublando o céu de uma cor tão escura
Porque o meu peito pode estar rasgado
Mas eu entendo que ainda existe cura.