CARÊNCIA
Ysolda Cabral
Suspirando de saudade,
De um amor nada efêmero e empírico,
Exclusivamente no sentido filosófico,
Entreguei-me a devaneio declarado.
O botão de rosa laranja pálido,
Estático, esquálido,
A minha frente no jarro,
Parece um quadro.
- Que triste!
Sem vida e sem perfume,
Sem alegria e sem perspectiva...
O jarro eu destruo.
E os meus sonhos?
- Você existe?!