NEU MAR DESERTO

Descalço pisei a areia quente e fina,

Sentei-me junto à espuma das ondas

Que rebentavam brancas e sonoras,

Com murmúrios e muitos queixumes

Das nossas aventuras antes vividas

E não repetidas, memórias guardadas.

Meu olhar perscrutou o horizonte,

Com a esperança de vislumbrar

Algum barco, algum sinal,

Que me trouxesse notícias d’ África,

Desilusão, tristeza, resignação,

O momento era vazio, feito de nada.

O Sol se despediu e me abandonou,

Adormeci, minha memória se rendeu,

A um profundo pesadelo,

Que me deixou arrasado.

Depois de ter acordado,

Regressei à realidade.

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 07/02/2013
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