A Festa
Nem mesmo todas as luzes
Daquela festa
Foram suficientes
Para clarear tua tristeza.
Tanta cerveja,
Música alegre,
Comes e bebes...
Havia doces e tortas,
Cremes espalhados
Sobre a alegria morta.
Mil-folhas secos,
Esfarelavam a vida pelo chão
No qual pisavas.
Nem mesmo as crianças
Ou os folclores e danças,
Nada poderia arrancar-te
Um sorriso, sem causar dor...
Porque na festa,
Faltava alguém,
E aquela ausência gritava,
Entre as luzes ofuscantes,
Abafando, num soluço,
As músicas e risos dançantes...
Nada mais será como antes!
Nada, nunca, nunca mais!...
*