PERDA
A perda é um sentimento doloroso
A morte, um inimigo cruel
Mas a esperança que nunca morre
Faz amenizar o amargo fel
Você deve ser muito forte
Pois de nada adianta se desesperar
Levanta a cabeça e diga à morte
Essa eu irei SUPERAR!
NOTA: Esta poesia o poeta escreveu minutos depois de tomar ciência da morte do filho de uma amiga. Ele tinha apenas três meses de vida e era um belo menino que tinha um futuro brilhante à sua frente, mas ele se foi, deixando um rastro luminoso de saudade, tristeza, solidão e cruéis lembranças que, por mais que seus pais tentem superar, se perpetuarão, até porque a perda de um filho é sempre muito dolorosa.
Eu diria que perder um ente-querido é como aprender a conviver com uma amputação. A ferida vai sarar, porém os que ficam jamais serão os mesmos. É bem certo que no processo de luto, que certamente será longo, histórias diversas do livro de suas vidas serão escritas, até porque a vida não se acaba por conta de uma perda, por mais dolorosa que esta tenha sido; ela é um eterno recomeçar.
A questão é: se revoltar pelo fato de a morte tê-lo retirado do vosso convívio ou agradecer a Deus pelos três maravilhosos meses que desfrutaram de sua presença angelical?
É claro que a dor da perda dificilmente passa, porém é necessário seguir em frente porque as águas do rio da existência humana precisam seguir seu curso natural.
FORTALEZA – CE, 25/01/2013 – 22h45minhs.