poetry

Meu corpo sem o seu

Não é corpo

É apêndice

Meus olhos sem você

Para ver

Não prestam

São inúteis

Cegos e não táteis

Minha mão sem a sua

Perde a razão de ser mão

E vira mero prolongamento

Vazio e sem expressão

Minha alma sem a sua

Não é alma

É cheiro de éter de hospital

A lembrar doenças e gemidos

Tão íntimos que são ouvidos

Longe,

bem longe da ferida

é mera recordação de

um passado sensível

e soterrado de cal e

esquecimento

Sepultamos em nossa separação

Mais do que corpos,

almas,

Mais do que almas,

sentimentos,

Mais do que tudo

Um mundo inteiro

Vivido por todas

Emoções

Construídas por convivência

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 14/03/2007
Código do texto: T412056
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.