Máquina triste
Filho da luxúria travestida de amor
Da vida que precisa criar vida para
Morrer
Máquina triste, feita de carne e sangue
Alma inquieta como um pássaro cativo
Que de dentro da gaiola vê o céu e o
Deseja
Filho coroado pai, criatura e criador
Conhece o mundo e não consegue se
Conhecer
Máquina triste, feita de carne e sangue
Até mesmo o amor lhe é nocivo
Pois é como a espada que um cego
Maneja
Filho dos prazeres que trazem a dor
E das promessas sussurradas antes do
Amanhecer
Máquina triste, feita de carne e sangue
É tua imperfeição que torna-o vivo
Enquanto a morte em tua direção
Rasteja