Máquina triste

Filho da luxúria travestida de amor

Da vida que precisa criar vida para

Morrer

Máquina triste, feita de carne e sangue

Alma inquieta como um pássaro cativo

Que de dentro da gaiola vê o céu e o

Deseja

Filho coroado pai, criatura e criador

Conhece o mundo e não consegue se

Conhecer

Máquina triste, feita de carne e sangue

Até mesmo o amor lhe é nocivo

Pois é como a espada que um cego

Maneja

Filho dos prazeres que trazem a dor

E das promessas sussurradas antes do

Amanhecer

Máquina triste, feita de carne e sangue

É tua imperfeição que torna-o vivo

Enquanto a morte em tua direção

Rasteja

Wilker Duarte
Enviado por Wilker Duarte em 01/02/2013
Código do texto: T4117084
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