Alma aderente.

Como olhar as estrelas,

Com o rosto colado ao chão.

Como sorrir com os olhos,

Se ferido está o coração.

No tombo do amor desatino,

Na dor da vergonha sofrida,

Calor que irradia minha alma,

Ferida aberta incontida.

Donde sorver o perfume,

O que sofre não pode sentir.

Esconde a vóz melodia,

O choro não deixa te ouvir.

Querer cantar para o céu,

Em meio ao embargo do amor...

Querer e querer tão somente,

Um doce bocado da flôr.

A alma carente de amar,

Aquele que é aderente,

Sempre irá perdoar,

Se o amor é presente.

É cheio de amor e carinho,

Sempre há infância e vida.

Sonha que sonha o amor,

Não vai rejeitar a querida.