___...Triste

Triste é a emanação

Esta a coisificar mias entranhas

Dúctil e fútil lassidão

Ergastulado estou num mar de sanha

As noites são gélidas em mi´alma

São as gotas d´orvalho a m´adentrarem

D´onde o olho do furacão cá me toca

Lagoa vulcânica em emoções dilacerarem

Toco profundo o meu mar morto

Macambúzio pela frívola indiferença

Prefiro cair num regaço absorto

D´onde os serafins notam a mia presença

Teço feridas antes aprisionadas

Sanguíficas odes à alma sucumbida

Côncavas superfícies desgastadas

Onde estou? Amarga seta perdida!

Posso sentir as traças esfaimadas

Algozes desta mente que em mim pulsa

Vorazes pólipos, triste anátema

Da humanidade, por vezes, remeto a repulsa

E no final, tudo fica ou tudo muda

E as ondas d´oceano não são para sempre

Ao menos a tempestade cá inunda

O coração sofrido, palco mambembe

Tiago Tzepesch
Enviado por Tiago Tzepesch em 30/01/2013
Código do texto: T4113470
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