A Boate 233

Nestes sorrisos pálidos e reclusos

Olhares lacônicos, caquéticos, obtusos

Sob as luzes em tons fortes de vermelho

Dançam de maneira letárgica,

Uma valsa de celebração da sina

Amaldiçoado destino, triste vida

Mortos por reação alérgica

Inalaram a morte no banheiro

Nunca se viu tamanha fila,

Tamanho desespero, correria

Uma espera longa em busca de mortos

Mas não era finados...

Ver se encontra lá seu filho

Ver se desencontra lá,

Pois já morto está,

Nada mais que um adeus findo

A boate 233, a cova 233,

Cova de duzentos

Cova de milhares de vivos

Que choram de ausência,

Choram dos vivos, que lá, soterram-se de morte....

Elias Vilas
Enviado por Elias Vilas em 27/01/2013
Código do texto: T4108753
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.