A Boate 233
Nestes sorrisos pálidos e reclusos
Olhares lacônicos, caquéticos, obtusos
Sob as luzes em tons fortes de vermelho
Dançam de maneira letárgica,
Uma valsa de celebração da sina
Amaldiçoado destino, triste vida
Mortos por reação alérgica
Inalaram a morte no banheiro
Nunca se viu tamanha fila,
Tamanho desespero, correria
Uma espera longa em busca de mortos
Mas não era finados...
Ver se encontra lá seu filho
Ver se desencontra lá,
Pois já morto está,
Nada mais que um adeus findo
A boate 233, a cova 233,
Cova de duzentos
Cova de milhares de vivos
Que choram de ausência,
Choram dos vivos, que lá, soterram-se de morte....